quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A Juventude nas cidades. Tribos Urbanas. Visão Antropológica e Ética.

Para a antropologia são comuns em grandes metrópoles, a existência das tribos urbanas.
É importante ressaltar todos os movimentos de contracultura são tribos urbanas, porém, nem todos as tribos urbanas são movimentos de contracultura. E cada tribo tem a sua ideologia politica, modos diferentes de ver o mundo, e com isso se dá o movimento cada um com sua particularidade.
A imagem, durante muito tempo, foi um elemento encarado com desconfiança. Para 
René Descartes, um dos grandes pensadores da tradição filosófica, a imagem é entendida.
como fonte de ilusão e engano.” (Batista, 1998, p.74) Não só os filósofos, mas também os 
antropólogos sempre tiveram um certo receio em estudar ou ter a imagem como referencial 
em seus estudos. Apesar disso, a antropologia utilizou a experiência de alguns fotógrafos e 
cineastas para produção de vários filmes etnográficos com o objetivo de capturar aspectos da 
vida do nativo e assim compreender melhor a cultura de determinada comunidade.
Fotografias de pessoas que se aglomeram podem oferecer-nos oportunidade para avaliar, 
qualificar e comparar, porém estas avaliações podem ir muito além e auxiliar na definição da 
forma exata de cultura social.” (Collier Jr., 1973, p.49)
O campo científico não deve estar limitado somente à produção escrita, é importante 
que o antropólogo reflita sobre a necessidade da utilização de imagens e sons e utilize esses 
documentos audiovisuais e as tecnologias digitais como fonte de inspiração e de melhor 
qualidade para sua pesquisa e desenvolvimento de trabalhos “multissensoriais”. Além disso, é 
importante destacar a proposta interdisciplinar que a antropologia visual traz para produção 
científica, resultando numa aproximação com áreas, como, as artes, a tecnologia e a 
comunicação social. Dessa forma, vemos que, aos poucos, a antropologia vem estudando e 
pesquisando novas temáticas, atingindo novos espaços, não com o propósito de negar o 
legado antropológico deixado pelos autores clássicos, mas no sentido de refletir e investigar 
novos elementos que devem ser compreendidos a partir de um olhar mais apurado e sensível. 
A antropologia visual traz em si “uma nova maneira de conceber a antropologia” (Ribeiro 
apud Piault, 2005). 
O espaço urbano é um local de socialização e interação entre os indivíduos, onde 
percebemos as diferenças e a singularidades entre os sujeitos que se convivem na cidade. 
Observo, particularmente, a questão dos grupos ou “tribos” urbanas. É fácil perceber como as 
ruas das cidades podem, de certa forma, ser comparadas aos desfiles de moda em passarelas, 
sempre apresentando uma variedade infinita de estilos. A aglomeração de pessoas e a busca de 
individualidade, típica das cidades grandes ou metrópoles, é algo que estimula a produção de 
inúmeros grupos urbanos. Temos, por exemplo, os punks, os skin heads, os skatistas, os 
surfistas, os clubbers, os góticos etc. Essa diversidade de estilos e de visões de mundo é um 
tema extremamente interessante e apropriado para ser estudado pela antropologia visual, pois, 
nesse caso, a imagem, o olhar fixado pela fotografia ou pela filmadora tem um papel 
fundamental na observação e compreensão desses e outros grupos citadinos.
O registro de olhares proporciona ao antropólogo uma profunda capacidade de 
observação e maior quantidade e qualidade de dados que auxiliam na compreensão do objeto 
de pesquisa em questão. Esse registro se torna essencial em pesquisas sobre o corpo, estética, 
arquitetura, comportamento, design, cerimônias e rituais. Através da câmera fotográfica ou da 
filmadora, o antropólogo constrói uma relação dupla: ele apresenta sua experiência particular 
no trabalho de campo com os observados e, ao mesmo tempo, se relaciona, por meio de 
imagens e sons, com os espectadores e leitores (Ribeiro, 2005).
Como sabemos, a imagem não captura o real, ela “condensa” e fixa representações. A 
imagem não mostra a realidade, ela passa por um processo de apreensão que é subjetivo e até 
mesmo abstrato. A interpretação da imagem é necessária para que possamos compreendê-la. 
Ao fixar uma determinada imagem o antropólogo não está simplesmente tirando uma 
fotografia do seu objeto da pesquisa, ele está construindo, produzindo imagens e 
representações sobre o seu objeto de pesquisa. A fotografia é em si uma construção subjetiva. 
Então os gestos, o comportamento , as vestimentas etc. são importantes na construção e manutenção das identidades sociais. 











Imagem x Estética


O homem não é só razão, também é emoção, a todo momento somos despertados ao que nos agrada ou desagrada, de desejo ou de tristeza, do ser feio ou do ser bonito. Não temos limites, temos prazer de não somente contemplar, mas também criar, produzir algo que possa expressar emoções. 

Remetendo para criação de um visual pessoal, traduzido numa imagem construída como autentica e personalizada, socialmente investida do valor de originalidade diferente. Os jovens que constituem com tribos urbanas usam a imagem para poder expressar o diferente. Utilizam acessórios para enfeitar o corpo e compor um visual com sentido de construir estilo próprio, singular. 

A originalidade e a diferença tendem a ser o aspecto mais valorizado desses jovens na composição do seu próprio visual, bem como a marca, o estilo e a moda. 

Como já dizia Kant: 

Embora o belo seja diferente do bom, as ideias estéticas juntam-se às ideias da razão prática.

Prossegue Iser:

O estético está sempre associado a alguma coisa outra que o_si mesmo; seja essa outra coisa ou sujeita, o belo, o sublíme, a verdade. Ele faz com que algo aconteça - em juízo, uma ideia, um engajamento da imaginação ou o lampejo da plenitude vindoura, todos sendo resultado do estético, portanto não mais estéticos no caráter.

Visto isso, conclui-se que a imagem esta cada vez mais interligada à estética, uma vez que seus aspectos podem interferir no seu meio social, não somente no mundo atual, como também houve na idade média,instituído questões mitológicas. As controversas de cada estilo fazem o diferencial de personalidade. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os valores éticos e morais nas tribos urbanas

             Os valores éticos e morais costumam guiar o comportamento social, e a maneira como esses valores se internalizam nas pessoas, está intimamente ligada ao grupo social a qual pertencem, como as tribos urbanas que têm como essência a busca pela identidade, em um compartilhamento de similares costumes e interesses.

As tribos urbanas vêm conquistando cada vez mais seu espaço na sociedade, mas nas relações em tais agrupamentos sociais existem limites e opções que permitem aos indivíduos atuarem de maneiras diversas, tendo em vista que os valores morais são individuais e moldados pelas experiências de vida, como Durkheim classificou de a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior à própria sociedade. Enquanto que a ética, como definiu Motta (1984), é um conjunto de valores que norteiam o comportamento das pessoas a um convívio harmonioso em seu meio social (tribo).
           Embora tenham significados diferentes, os valores éticos e morais estão interligados ao permitirem que o homem tenha o livre arbítrio para seguir suas escolhas e se inserirem nas tribos em quais mais se identifica, tendo a visão de que nenhuma sociedade é homogênea, sendo os grupos sociais existentes nela totalmente livres para criarem uma identidade e defenderem seus ideais.

Tribos Urbanas - Uma Abordagem Fiolosófica e Antropológica



1   1.    Abordagem antropológica


Desde tempos remotos que a população se organiza em tribos e grupos coesos com indumentárias e hábitos semelhantes.

Nos povos indígenas o termo tribo traduzia alianças entre clãs, aldeias ou povoações; era um tipo de sociedade organizada com partilha e distribuição dos papéis, que permitia de uma forma mais eficaz a satisfação das necessidades básicas como as da alimentação e de defesa pessoa.

Na pré-história, os grupos humanoides se fortaleciam por interesses em comum e genomas em comum, e hoje isto se repete com certo grau de relevância, o que é bastante interessante, visto que as subespécies humanas tendem a se aglomerar nas cidades e abandonar culturas instintivas - o que tem se provado falso na prática principalmente graças ao advento da internet.

A expressão "tribo urbana" foi criada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, que começou usá-la nos seus artigos a partir de 1985.

São constituídas de micro grupos que têm como objetivo principal estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns. Essas agregações apresentam uma conformidade de pensamentos, hábitos e maneiras de se vestir.

A Pós Modernidade, de acordo as perspectivas de Octavio Ianni (2000), sugere um elo, um binômio entre o sujeito e as diversas percepções que este faz para com a sociedade à sua volta, sejam vínculos com instituições, grupos de trabalho, laços de compatibilidade social, tribos, etc. e ainda neste mesmo meio, concebe tais relações quanto comunicações.

Destas múltiplas relações sociais, a sociedade compõe novas tendências, modernizam padrões, novos comportamentos, mais rápidos, mais solúveis, mais transitórios e os agregam á suas vidas, aos seus cotidianos como característicos de uma nova forma de sociabilidade “por meio das quais os indivíduos e os grupos se expressam e se constituem” (IANNI, 2000, p. 112).


2   2.    Abordagem Filosófica

Para Bauman (2001) este eterno devir das ideias constitui o mundo e as essências líquidas das relações humanas e de suas sociedades, como a própria Pós Modernidade. Na esfera do mundo líquido descrito por este autor, não há a existência de comunidade, mas de pequenas sociedades dentro de outras sociedades, o que dentro destes círculos, permite a mobilidade em todas as esferas das relações e a aceleração do ritmo de vida.


3   3.    Contextualização

Inúmeros jovens buscam fazer parte de tribos, as quais se destacam no sítio urbano das grandes cidades e apresentam distintos costumes e pensamentos.

E com frequência, os membros das tribos são mal interpretados, sofrendo inclusive preconceitos e o receio dos pais.

Os jovens, de todo o mundo, se unem em grupos para constituir redes de amigos. Em geral, têm gostos similares: por um gênero ou banda musical, paixão esportiva, relações culturais, personagens de desenhos ou filmes. A partir disso, conseguem debater as opiniões e experimentar prazeres com o propósito de encontrar uma identidade. Escolhem, então, suas adequadas regras e seus dialetos, incorporam roupas e acessórios, passam a frequentar os mesmos ambientes e a apresentar um estilo de vida próprio.

Existem numerosas tribos urbanas no Brasil e no mundo, como os “nerds”, as patricinhas e os mauricinhos, os roqueiros, “punks”, “hippies”, surfistas, entre outros. Várias delas, para expor suas opiniões, empregam a música como um meio para se obtiver a liberdade de expressão. Não praticando comícios ou greves. Contudo, muitas das tribos sofrem preconceitos.

Embora grande parte delas não prejudique a sociedade, algumas acabam sofrendo discriminação em razão de certos grupos serem anticristo ou se vestirem ou comportarem de uma forma diferente, como os góticos por exemplo. Os próprios pais muitas vezes também interpretam erroneamente essa união dos jovens. Por esse motivo, a atitude sensata a seguir é dialogar sobre os benefícios e malefícios de um determinado grupo. E apenas incumbe aos pais orientar seus filhos e respeitar a decisão deles.

Portanto, é extremamente natural e importante os jovens procurarem grupos para se relacionarem, em função de terem a possibilidade de vivenciar diversas experiências e encontrar o caminho que cada um deseja seguir.


Descrição: http://adolescentesemfoco.files.wordpress.com/2010/07/punks.jpg

Roqueiros - A maior tribo urbana do mundo



Introdução

Michel Maffesoli nasceu em Graissessac, 14 de novembro de 1944, é um sociólogo Francês, considerado como um dos fundadores da sociologia do quotidiano e conhecido por suas análises sobre a pós-modernidade, o imaginário e, sobretudo pela popularização do conceito de tribo urbana. Foi aluno de Gilbert Durand, é professor da Université de Paris – Descartes ‒ Sorbone. Michel Mafessoli construiu uma obra em torno da questão da ligação social comunitária e a prevalência do imaginário nas sociedades pós-modernas. Para o autor o fenômeno das tribos urbanas se constitui nas diversas redes, grupos de afinidades e de interesses, laços de vizinhanças que estruturam nossas megalópoles. A expressão “tribo urbana” foi cunhada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, que começou usá-la nos seus artigos a partir de 1985, e a expressão ganhou força três anos após a publicação do seu livro Le Temps des tribus: Le déclin de l’individualisme dans les sociétés postmodernes.

O individualismo é substituído pela necessidade de identificação com um grupo, aspecto verificado na moda, por exemplo, e que é reforçado pelo desenvolvimento tecnológico - televisão a cabo, computador, etc. Não se trata de uma nova cultura, mas de sua transformação, como aspecto decisivo deste final de século. O surgimento de grupos, de conjuntos musicais, esportivos e turísticos é apontado como característica dessas 'nova' sociedade. 'O Tempo das Tribos' trata a cultura não como uma consequência da sociedade, mas como um de seus aspectos mais importantes, pois é por meio dela que os indivíduos se posicionam socialmente.

O princípio de individuação, de separação, estes, pelo contrário, são dominados pela indiferenciação, pelo perder-se em um sujeito coletivo, o que ele chama de (Maffesoli 2006, p.38), “neotribalismo” (Novo tribalismo, grifo meu), que segundo o autor a sociedade é constituída por diversos tribalismos, que são eles: esportivos, hedonistas, religiosos, musicais, tecnológicos, sendo uma “comunidade emocional” ou “nebulosa afetiva” (p.39) que vai exprimir-se numa sucessão de ambiências, de sentimentos, de emoções típico da sociedade moderna de acordo com o ethos (éthos: conjunto dos costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento (instituições, afazeres...) e da cultura (valores, idéias ou crenças), característicos de uma determinada coletividade, época ou região), comunitário. O tribalismo refere-se, a uma vontade de “estar junto”, onde o que importa é o compartilhamento de emoções em comum.

2   Fundamentos filosóficos

Descartes (1596-1650) foi o primeiro filósofo moderno a escrever sobre a ética.

Na ética antiga, o ethos é autônomo frente às aspirações do indivíduo, ao passo que na ética cartesiana, o ethos é racionalizado por um sujeito pensante. Descartes abre o caminho para o “eu pensante”. No Discurso do Método, desenvolve questões que problematizam a reflexão ética “na proposição de uma morale par provision como norma de vida”. Em Kant, a ética filosófica atinge o seu auge: parte da concepção de um factum da moralidade, em que preconiza um sujeito individual, livre e autônomo.

 A “máxima” de seu postulado ético está no imperativo categórico: “age de maneira que possas querer que o motivo que te levou a agir se torne uma lei universal”. Para Hegel, “o Espírito é o indivíduo que constitui um mundo tal como ele se realiza na vida de um povo livre”. O ambiente social está constituído por uma Consciência que postula seus valores normativos. Estes valores, compreendidos na autoconsciência, compõem os elementos “ditos” para um indivíduo, ou seja, o Espírito circunscrito numa dimensão social.

O pensamento iluminista elege a “razão” como o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender instituições mais justas e funcionais. No entanto, se o homem não tem sua liberdade assegurada, a razão acaba sendo tolhida por entraves como o da crença religiosa ou pela imposição de governos que oprimem o indivíduo. A racionalização dos hábitos era uma das grandes ideias defendidas pelo iluminismo.
Os iluministas preocuparam-se em denunciar a injustiça, a dominação religiosa, o estado absolutista e os privilégios enquanto vícios de uma sociedade que, cada vez mais, afastava os homens do seu “direito natural” à felicidade.

A ORIGEM DO ROCK E AS TRIBOS URBANAS
O rock é um dos estilos musicais mais tocados e mais ouvidos em todo o mundo. Boa parte dos clássicos da música é de bandas de rock. O que muita gente não sabe é que o rock tem muitas vertentes diferentes. E para cada vertente há pessoas que adaptam o ritmo aos seus estilos de vida. Por isso, hoje nós vamos falar um pouco sobre algumas dessas tribos.

Para começar, o que é rock?

Rock é um termo abrangente que define o gênero musical popular que se desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no rock and roll e rockabilly que emergiram e se definiram nos Estados Unidos.

O rock teve influências do blues, country, folk, gospel, jazz e até da música clássica. Todas estas influências foram combinadas em uma simples estrutura musical, baseada no blues que era rápido, dançável e pegajoso. Em sua “forma pura”, o rock tem três acordes, um forte e insistente contratempo e uma melodia cativante.

Os principais subgêneros do rock

No final da década de 1960 e início dos anos setenta, o rock desenvolveu diferentes subgêneros, como o folk rock, o blues-rock e o jazz-rock. Na década de 1970, gerou uma série de outros subgêneros, tais como o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock, o rock progressivo e o punk rock. Já nos anos oitenta, os subgêneros que surgiram foram a New Wave, o punk hardcore e rock alternativo. E na década de 1990, os subgêneros criados foram o grunge, o britpop e o indie rock.

Para todos os subgêneros do rock observam-se características específica no estilo de vida dos grupos seus seguidores, os quais tendem adotarem comportamentos e visão de mundo influenciado pelos os artistas dos gêneros de rock que são adeptos.

Como muitos dos subgêneros do rock são oriundos de diversos países, o mesmo traz influencia da cultura local, por exemplo, os seguidores do Heavy Metal da Inglaterra tem um estilo de se vestir muito semelhante com o do Brasil e outra parte do mundo, mas o comportamento perante a sociedade dos ingleses é menos radical que dos brasileiros e outros lugares.

Comparando as características dos subgrupos dentro próprio rock, podemos observar uma diversificação nos estilo de vida. Dentro do estilo metal, existem divisões de estilo, tal como heavy metal, death metal black metal, doom metal e outros. A depender do estilo de rock que um grupo é seguidor é possível ver que uns tem as drogas como uma representatividade daquele estilo.

Os gêneros de fusão não são reconhecidos pelos metaleiros como metal. Outro gênero ligado ao heavy metal são o heavy rock e o hard rock, até mesmo pelo os estilos de vida que se diferenciam em alguns aspectos, como a filosofia de vida, como se apresenta na sociedade.


As tribos roqueiras.

São muitas para citarmos todas, mas selecionamos três vertentes do rock para falar um pouco do estilo dos grupos de pessoas que costumam ouvir esses sons .

   


Grunge

Rock grunge o estilo nasceu em Seatle, EUA, com bandas como Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden, Silverchair. Os fãs desta tribo costumam andar totalmente descompostos, usam calções abaixo dos joelhos, camisas de flanela quadriculadas, tênis sujos, calças rasgadas. Eles defendem “o feio, o pobre, o sujo”, em oposição ao glamour.

Heavy metal

Heavy metalHeadbanger, metalhead ou metaleiros são termos utilizados para designar um fã do estilo musical heavy metal. A tribo surgiu no final da década de 60 e bandas como Faith No More, HIM, KISS, Cradle Of Filth, marcaram o estilo. Os adeptos dessa tribo costumam abusar do estilo chamado de old school, composto de casaco de gangue, camiseta preta de banda ou não, calças de gangue, acessórios opcionais como cinto, braceletes e pulseiras e tênis alto, geralmente branco. Em épocas frias, casacos de couro também fazem parte do vestuário.

Rock jazz e Rock blues rock bluesA tribo dos Mods pode representar bem os fãs desses estilos musicais. Eles ouviam ainda Soul, Ska jamaicano e rhythm and blues. O símbolo usado pelo movimento Mod é originário da pop art, e foi baseado no símbolo usado nos aviões da RAF durante a Segunda Guerra Mundial. A tribo nasceu em Londes no final da década de 50, a partir de bandas como Small Faces, The Who e The Yardbirds. A principal característica da tribo é o moderno, eles queriam estar por dentro de tudo que fosse moda. Utilizavam tipicamente scooters como meio de transporte, normalmente das marcas Lambretta ou Vespa. A vida social urbana dos adeptos era impulsionada, em parte, por anfetaminas.

Tribos jovens são mais comuns em grandes metrópoles, por esse motivo são chamadas de tribos urbanas, onde todos os movimentos de contra cultura são tribos urbanas, porém, nem todas as tribos urbanas são movimentos de contra cultura, e uma tribo jovem não é determinada necessariamente por sua ideologia política. A busca de identidade relacionada à escolha de uma tribo na qual melhor se encaixe com os seus conceitos e princípios são caracterizados como uma época de livre escolha e de acesso aberto a uma diversidade de identidades possíveis, onde para os jovens esta fase funciona como a busca de espaço e um rito para que se chegue à vida adulta. Muitas das tribos existentes não são vistas com bons olhos pela sociedade tendo que lidar com um preconceito estabelecido pelo modo de se vestir, de agir, de pensar, pois as pessoas julgam antes mesmo de conhecê-los.


A fala de um seguidor do rock.

"Não nos sentimos parte de nenhuma tribo, nos sentimos deslocados da sociedade e acabamos buscando um modo de se encontrar dentro dela, adquirir uma identidade própria por meio da música que é a ideia original do Rock'n roll. Daí nos juntou a pessoas que tem o mesmo ideal que o nosso e originamos as chamadas *tribos*, se são assim que vocês preferem chamar, de metaleiros."

Será que ocorrem influências?

“Sim”! Nossas influências vêm da ideologia do rock, pois o modo do metaleiros chamar a atenção vem por meio de protesto criando uma confusão no meio em que vivemos. É daí, que sai o modo de se vestir, o modo de pensar e nossas reações.

Mais é claro que eu não posso deixar de citar a música, pois desde sempre o ser humano usa a música como modo de fugir da realidade ou de criticar algo/alguém. E com a gente não é “diferente.”

E a família como fica?

 "Como meu pai nunca esteve muito presente, tinha a minha mãe como responsável, e mesmo ela sendo muito ligada a igreja e com algum certo receio, ela nunca foi de querer mudar minha opinião em relação ao que eu ouço o que eu faço e ao que eu penso."

Preconceito: “Bom, as pessoas tinham sim, pela ideia do nosso modo de se vestir e agir em público”. Elas achavam que era coisa do demônio. Falavam pra gente ir pra igreja, procurar Deus. Até chegaram uma vez a perguntar se eu tinha alergia a crucifixo.

“Meus amigos que não eram roqueiros, eles sempre perguntavam pra mim, como minha mãe sempre ia à igreja, porque eu não ia, porque eu não seguia o mesmo rumo dela, e eu respondia sempre que tenho os meus ideais e que não é qualquer um que vai mudá-los”.

Quando questionado sobre os lugares que ele e sua tribo costumam frequentar e com que frequência costuma se encontrar, afirmou: "Antigamente no Gama tinha um galãozinho e nele ocorriam shows frequentemente, como hoje não tem mais, aí a gente se encontra todos os sábados à noite no *gramado do gama shopping*. E também vamos a shows, por exemplo, o porão do Rock, que é um dos mais tradicionais aqui do DF, e vários outros, principalmente shows que rolam na praça do relógio em Taguatinga de graça.

Agora a frequência com que nos encontramos, hum.. “Todos os dias, e com o pessoal que não temos muito contato, uma vez por semana, principalmente no sábado”.

E a sociedade como enxergar o grupo?

 "Acham que somos revoltados, rebeldes, que não temos nada pra fazer *arruaceiro*, tirando os endemoniados que eu já falei. Isso porque não conhece a nossa ideologia, o porquê que protestamos essas coisas."

E para encerramento do questionário perguntamos o que eles acham das outras tribos: “Bom, por onde eu começo, comecemos falando das tribos de hoje em dia, de ideologias fracas e os posers”. Não curtimos muito não, porque eles não trazem consigo a ideologia de antigamente, o que preocupa mais para eles é a *modinha*, eles seguem aquela tribo por eles acharem bonito. Ah tipo querer chamar a atenção. Queria mesmo saber é qual é a ideologia de um emo ou de um colorido verdadeira.

"Obs: Nada contra a pessoa se vestir de colorido, a menos que ela queira expressar alguma coisa com aquilo, um exemplo disso o Jimmy Hendrix e suas calças meio psicodélicas"